O Cão da Serra da Estrela é uma das raças mais antigas da Península Ibérica e é a raça Portuguesa mais popular nosso país.
Este cão deve o seu nome ao maciço central português onde se fixou e se desenvolveu.
É um cão de montanha, forte e resistente, cuja função é a de proteger os rebanhos
Ao longo do tempo passou também a ser utilizado na guarda de casas e propriedades, sobretudo por ser bastante grande, forte e emitir um som bastante alto ao ladrar.
Acompanha os rebanhos nas subidas sazonais à serra na pesquisa por pastagens mais verdes.
Embora actualmente com população reduzida, nesta zona do País existem alcateias e outros predadores de gado que estes cães ajudam a proteger enfrentando alcateias, em grupos de 2 a 6 indivíduos, que se asseguravam da vigilância dos rebanhos. Colocam-se vigilantes nas zonas mais altas para poderem observar uma maior extensão da zona de pasto. Por vezes, devido à necessidade que os pastores tinham de regressar às aldeias, confiavam aos cães a guarda dos rebanhos sem qualquer supervisão.
Devido ao seu exigente papel onde para além de enfrentar os predadores, por exemplo, e às condições climáticas adversas da serra, o Cão da Serra Estrela esteve bastante sujeito à selecção natural. E conforme Darwin exemplificou, apenas os mais fortes é que sobreviviam ao frio e às lutas e conseguiam reproduzir-se.
Foi quando o Cão da Serra da Estrela passou a ser exportado para zonas urbanas, que a acção humana foi tendo um maior papel ao longo do tempo na sua massificação.
Mas as condições do maciço central, devido ao seu isolamento permitiu que o Cão da Serra da Estrela se desenvolvesse e fixasse na região. As suas duas variações de pêlo existentes, pêlo comprido e pêlo curto, devem-se a variações regionais que foram aumentando esta diferença ao longo dos tempos, no entanto e contrariamente ao mais provável era na região mais quente, a zona Sul da Serra, onde se encontravam mais cães de pêlo comprido, enquanto que a variedade de pêlo curto era mais frequente no Norte da Serra.
O facto de os pastores interferirem pouco na selecção dos cães, os cruzamentos entre estas duas variedades eram frequentes.
Em 1934 foi elaborado o estalão da raça, no qual se estabeleceu duas variedades de pelagem e foi a partir daqui que se tornou indesejável o cruzamento entre ambas.
Hoje em dia, esta raça é bastante procurada, sobretudo a variedade de pêlo comprido, por ser mais vistoso e com um porte mais elegante
Classificação: Molossóide – Tipo Montanha
Origem: Portugal – Serra da Estrela
Altura / Peso: Pode chegar aos 73 cm e pesar até 60 kg
Variedades da pelagem: Pelo comprido e pelo curto (esta última mais rara). São admitidas as seguintes cores: amarelo, lobeiro e fulvo, podendo também apresentar manchas brancas.
Função de origem: Cão de guarda de rebanhos.
Principais características: Protector, defensor, corajoso, independente, territorial, tranquilo, meigo e muito afectuoso com a família.
Ideal para: Donos que vivam em casas espaçosas ou com quintal. Devido às suas características, pode permanecer muitas horas sem o dono, desde que não esteja confinado a um espaço pequeno que lhe dificulte a liberdade de movimentos.
Curiosidades: É a mais internacional das raças portuguesas e também aquela que apresenta mais registos no Clube Português de Canicultura.
Cuidados a ter:
O Serra da Estrela precisa de muito exercício, pelo que mesmo que viva numa casa com muito espaço tem de ser passeado regularmente, e com passeios longos.
Precisa de uma boa socialização com pessoas e outros animais desde pequeno por forma a propiciar uma boa convivência.
É uma raça muito apta a desenvolver displasia da anca pelo que nos primeiros meses de vida é preciso ter atenção redobrada.
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